DEPOIMENTOS

“Minha história com a Matemática”. Ter consciência da deficiência de aprendizagem nela, tendo na pergunta, “como vou ensinar o que não sei”, assim como colegas do grupo, foi o grande ponto de partida. Mas o mais importante foi buscar para conhecer.

O grupo de Iniciação Científica do LAPAPIEF é um diferencial em minha formação por causa da autocapacitação e das discussões desencadeadas. Possibilitou conhecer o que não sei e tornar o que eu sei o ponto de partida para novas (re)descobertas.

SILVA, Anderson A. da. A história em quadrinhos como ferramenta facilitadora da alfabetização matemática. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2012.

 

 

A minha história com a Matemática, não foi muito amável, pois sempre tive dificuldades em assimilar e compreender os exercícios.

Então, além de enfrentar todas minhas dúvidas com referência aos exercícios eu tinha que escutar “coitadinha ela é burrinha”.

 

No LAPAPIEF, com outros alunos notei que o medo que eu sempre senti da Matemática não era um problema somente meu, e esse fato deu-me mais coragem de continuar na pesquisa.

Esta pesquisa contribuiu para meu desenvolvimento como futuro pedagogo, na elaboração das atividades em que foi necessário pesquisar, refletir e questionar.

VALENTE, Claudeci T. M. Educação matemática e leitura de imagens: uma ferramenta facilitadora na alfabetização matemática. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2012.

 

Para tranquilizar as minhas próprias deficiências e refletindo sobre as minhas próprias dificuldades, pude perceber o quão importante é o trabalho de um professor-pesquisador.

Muitas vezes senti dificuldades de compreender conteúdos propostos e posteriormente apresentados, devido a não compreender os processos do que estava sendo passado.

 

Neste trabalho de Iniciação Cientifica procuramos mostrar que, com metodologias simples, os alunos podem se sentir atraídos.

A dificuldade em Matemática vai muito além do que estávamos imaginando.  Podemos perceber nos alunos de pedagogia a dificuldade de passar os conteúdos e ainda pior na resistência em aceitar suas dificuldades.

NUNES, Nilza M. G. Entrelaçando matemática e leitura de imagens. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2012.

 

Por toda a minha infância fui mal compreendido em sala de aula. Lembro-me de algumas vezes ser chamado de burro por uma professora […] as palavras daquela professora não saíram da minha mente.

 Desenvolvi formas para lidar com os números […], por exemplo, na hora de entregar um troco, algumas vezes, usava os dedos para contar discretamente ou simplesmente utilizava uma calculadora.

A conquista de uma vitória: Ficha da Dissertação de Mestrado defendida pelo William em Agosto de 2021.

 

Todo futuro pedagogo ou educador deveria passar pela experiência da Iniciação Cientifica. Juntando todos estes fatores com o que aprendemos no decorrer do curso, ficou evidente que devemos utilizar novas práticas pedagógicas.

Muitos fatores positivos foram acrescentados em minha vida, começando pela forma que eu via a Matemática. Pude descobrir através de pesquisas e no desenvolvimento de planos de aula, o quanto a Matemática pode ser alegre e divertida.

SANTOS, Willian M. dos. Música: uma ferramenta interdisciplinar para o ensino de matemática. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2012.

 

[…] A Matemática nunca fez muito sentido para mim.

Durante meus primeiros três anos de estudo no ensino fundamental esta disciplina sempre se apresentou como um “bicho de sete cabeças”, e ao final do terceiro ano, finalmente, sucumbi a esta “fera” e reprovei, com a justificativa por   parte da professora de que eu ainda não tinha maturidade suficiente para encarar a etapa seguinte.

 

As oficinas apontaram como os alunos podem ser convidados a pensar sobre as diversas formas de resolver um mesmo problema, […] os conceitos usados pelos cientistas também podem ser aplicados no nosso dia a dia e que todos nós temos capacidade de usufruir desses conhecimentos para resolver problemas.

Essa pesquisa mostrou caminhos para uma metodologia inovadora que utiliza as novas tecnologias, como a imagem fotográfica, e a exigência de uma mudança de atitude do educador.

OLIVEIRA, Letícia F. de. Práticas do olhar e práticas escolares. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2013.

 

Sempre gostei desta matéria, tinha notas boas . Tinha o costume, e tenho até hoje, de fazer contas com a numeração das placas de carros, motos, ônibus. Eu somava todos os números mentalmente e subtraia nove, onde cada resultado da conta tem um significado. 

Mas, sinto que no meio do caminho, algo aconteceu que não me deixava gostar de física. Em química eu até que me saía bem, porém, meu fardo era realmente a física.

 

Participar desta pesquisa foi muito importante, pois através dela podemos perceber que não somos as únicas que tem dúvidas em relação à Matemática. 

Percebemos que pode-se usar várias estratégias, neste caso a publicidade, como facilitadores no entendimento de uma disciplina que gera tanta dificuldade ao aluno, promovendo este aprendizado, tanto a ele, quanto ao professor.

FARIAS, Luciana P. O. de.  A publicidade como facilitadora no ensino da matemática. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2013.

 

Hoje consigo enxergar o quanto deixei de aprender Matemática. Nunca tive notas ruins, mas também não eram excelentes.

O motivo pelo qual me preocupo na atualidade, quando me deparei com a Matemática novamente, percebi que eu não havia aprendido os conteúdos de fato, havia decorado para conseguir as notas necessárias para que fosse aprovada. Não consigo recordar a maioria do conteúdo “ensinado” durante meus anos letivos, o que acho uma pena.

 

Ao final do projeto de pesquisa com a elaboração de 14 aulas oficinas, posso concluir que tais aulas são imenso aprendizado, uma vez que aprendemos em todas as etapas.

Durante a elaboração dos planos de aula, fica claro o tamanho da dificuldade em desmistificar as antigas aulas de Matemática e transformá-las em tudo aquilo que acredito ser melhor para o momento atual de ensino.

MORENO, Regianne. Fotografia: uma forma alternativa para ensinar matemática. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2013.

 

Tudo começou em 1974, no ensino fundamental. A metodologia  era a tradicional, que por si só já a tornava pouco atraente, porém em minhas lembranças, há um lado mais obscuro que a metodologia, o ato de decorar a tabuada.

Meu avô me obrigava a decorá-la e a tomava, como dizia ele, religiosamente todos os dias […].

Lembro-me também, do segundo ponto de toda essa pressão psicológica, a de que eu só poderia brincar se não houvesse erros. […] Passei desde então a odiar a tabuada e isso ocorreu durante todo o ensino fundamental.

 

A participação na Iniciação à Pesquisa Científica norteou todo o embasamento deste trabalho.

O estudo bibliográfico durante a montagem do projeto, as pesquisas para a criação das oficinas e a socialização durante os encontros, deram novo significado ao aprender a ensinar.

Todo esse processo conscientizou-me sobre a importância da prática reflexiva, […] a necessidade da pesquisa durante o ato de educar.

Iniciei esse trabalho tendo a pretensão de me apaixonar pela disciplina e contagiar os alunos, […] e o que encontrei foi a verdadeira essência do que é ser professor.

GOMES, Valéria C. da S. Jogos matemáticos: uma aprendizagem eficaz e prazerosa. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2014.

 

O primeiro contato com a matemática foi na infância, exatamente no jardim, onde fazíamos trabalhos com palitos de sorvete e outros objetos, no momento não existem muitas lembranças deste período.

Já na primeira série, a experiência já não foi muito agradável, pois a professora era muito rígida e devido a isto apresentei uma dificuldade com a matemática, prejudicando um pouco a compreensão.

Já no ensino do colegial também houve certa dificuldade de compreensão, principalmente com as formas.

 

Foi então que obtive a chance de ingressar na iniciação científica.

Desenvolvi um projeto na qual, estimulou o meu entendimento com relação às questões matemáticas e como eu poderia trabalhar no ensino do letramento matemático para as crianças.

Fui desenvolvendo isto juntamente com a parte lúdica que são os fantoches em um diálogo em linguagem acessível para as crianças, estimulando assim a imaginação e tornando o aprendizado muito mais prazeroso. Desta forma, me identifiquei e senti que a matemática pode ser algo prazeroso não só para mim como professora, mas para os alunos.

NEVES, Docinda das. A educação matemática e fantoches: A procura de uma nova concepção significativa no conhecimento matemático. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2014.

 

Minha relação com a Matemática foi difícil no começo, na primeira série tive dificuldade durante todo o ano, a professora era bem rígida e não tinha muita paciência o que piorava as coisas, mas fui aprovado.

Já na segunda série, com  outra professora bem diferente da primeira, pois tinha paciência e sentava individualmente com os alunos que tinham mais dificuldade, eu estava conseguindo, para minha surpresa, compreender os conteúdos e, a partir de então, não tive problemas com a Matemática.

Já no Ensino Médio, voltei a ter grande dificuldade em Matemática, mas fui obtendo notas mínimas para a aprovação.

 

Entrei para o grupo de Iniciação Científica com a finalidade de aprender a ensinar Matemática para alunos do Ensino Fundamental I. Embora não tenha tanta dificuldade em Matemática, penso que mais importante que saber uma disciplina é saber ensiná-la, posto que saber algo é bem diferente de saber ensinar algo.

Com a Iniciação Científica, utilizando os fantoches como uma ferramenta lúdica, compreendi que o lúdico é um importante instrumento para trabalhar a matemática, pois facilita a assimilação do conteúdo, estimula a curiosidade e o interesse da criança.

ABREU, David A. R. de. Fantoches e educação matemática: Um instrumento facilitador na alfabetização de conteúdos matemáticos. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2014.

 

A motivação para eu iniciar esse projeto foi nada menos do que o conhecimento adquirido na minha infância sobre a Matemática. Tenho grandes dificuldades em raciocínio lógico, contas e para tentar ter um bom relacionamento com essa matéria lancei esse desafio.

Desejo de entender para […] explicar corretamente tudo o que for necessário para os meus futuros alunos. E que, diferente do meu relacionamento com a Matemática, eles possam gostar e entender essa matéria tão importante.

 

Ao participar das oficinas sai da minha zona de conforto e busquei aplicar estilo diferente do que aprendi no passado, fazendo toda a diferença para mim.

A pesquisa e os recursos utilizados ajudaram,  a aprender a como ensinar letrando, que nada mais é que ensinar de maneira significativa ao aluno ações no cotidiano em que se usam números tecendo sentido ao aprender a Matemática. As crianças irão aprender brincando, socializando, […] compreendendo que é libertador entender a Matemática.

ALVES, Carolina de Oliveira. A importância da matemática e dos jogos matemáticos na formação da criança. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2014.

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O Projeto de Iniciação Científica contribuiu em meu processo de formação, permitindo-me tornar um professor-pesquisador-reflexivo, além de possibilitar a ‘aplicação’ da Matemática conjugada com suas utilizações no dia a dia, inclusive a ‘forma’ como ela pode ser utilizada.

Enfim, é fundamental para um bom aprendizado da Matemática que os alunos visualizem os conceitos da disciplina nas situações cotidianas, já que encontrar a Matemática no dia a dia não é difícil, pois ela está em quase todo lugar: nos supermercados, feiras, mídias, lanchonetes, etc. e em todo o mundo digital.

 

Este trabalho foi uma ferramenta muito importante que nos auxiliou no processo de formação e nos torna desde já, professores-pesquisadores, consequentemente, pesquisadores-reflexivos […]

Ampliou nossos horizontes, explorou novas perspectivas […]

Mais especificamente, o tema trabalhado nesta pesquisa – Histórias em Quadrinhos no ensino da Matemática atinge não só o aluno ou professor, mas ambos, com um material motivador, que desperta seus interesses, sua imaginação e criatividade, transformando aulas “tradicionais” em aulas interativas.

 

Durante a aplicação das cinco Oficinas percebi o quão é importante a utilização do lúdico nas aulas, pois, quanto maior a dificuldade da criança mais há necessidade de trabalhar de uma forma leve e divertida.

Por meio de nossas Oficinas, percebemos que a assimilação do conteúdo acontecia de uma forma descontraída, e quando propúnhamos a interação dos próprios alunos (quando eles eram os números romanos, ou na atividade de agrupamento e reagrupamento) eles aprendiam, e como um dos alunos disse “Estou aprendendo brincando!”.

SILVA, Adriana M. da C. A publicidade como estratégia didática no ensino da matemática. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2016.

SUDÁRIO, Christiany A. B. A matemática através de recursos visuais: histórias em quadrinhos. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2016.

CUNHA, Gabriella R. T. Fotografia: a imagem colaborando com o ensino da matemática. Trabalho de Conclusão de Curso, LAPAPIEF, 2016.

SANTOS, Willian M. dos. Música: uma ferramenta interdisciplinar para o ensino de matemática. 2012. 123f. Monografia (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Paulista: Santos, 2012.