ANSIEDADE MATEMÁTICA: SAIBA EXATAMENTE COMO ELA FUNCIONA NOS ERROS DOS ALUNOS DO EFI NAS CONTAS E ATIVIDADES MATEMÁTICAS

Sentir desconforto ante uma atividade matemática, leve ou mais profundo, são sintomas de ansiedade matemática. Isso pode levar o aluno a se esquivar ou fugir das tarefas de matemática.

A ansiedade matemática pode ser um traço, leve desconforto, ou fobia com sintomas bem mais graves. Quer saber como isso afeta seu aluno e seu trabalho como professora, continue lendo.

A ansiedade matemática, professora, não tem nada a ver com transtornos de aprendizagem nem nasce com o aluno.

Foi adquirida, fundamentalmente, por meio de experiências negativas escolares ou familiares que marcaram a pessoa no processo de aprendizagem matemática.

Culturalmente, pais e mesmo professores disseminam a ideia de que a Matemática é difícil e que apenas alguns conseguem aprender informa Ferreira (2020).

O autor assinala o papel das emoções e sentimentos sobre o pensamento das pessoas. O corpo reage às emoções e delas surgem os sentimentos.

Diante de um perigo real, o corpo reage com aceleração de batimentos cardíacos e aumento da pressão sanguínea, o processo de digestão diminui, o sangue é redirecionado para os músculos esqueléticos e mentalmente há o preparo para se esconder, lutar ou fugir.

Essas reações, porém, professora, podem ocorrer em situações que não sejam reais, tais como imaginação, memória, crenças. O corpo reage às emoções e então surgem os sentimentos.

Como pontua o autor, a “importância disto para a educação é que as emoções e sentimentos interferem no processo cognitivo”.

Diante de uma conta, o aluno pode se sentir com medo de não saber e de errar. E busca mecanismos de fuga, mentalmente, esquivando-se ou disciplinarmente, tornando-se aquele estudante com problemas de indisciplina.

Preste Atenção Para a Origem da Ansiedade Matemática: Não Cometa Esses Erros, Professora!

A ansiedade matemática, historicamente, deve ter começado a acontecer na Grécia.

Na Academia de Pitágoras, considerado o pai da Matemática, o aprendizado matemático era uma grande iniciação religiosa. O iniciado devia aprender a ver o número em todas as coisas, escreve Silveira (1999).

A autora anota “a intolerância pitagórica contra os não iniciados nos conhecimentos matemáticos e a relaciona com a escola atual em que professores aplicam provas extremamente difíceis e reprovam seus alunos”.

A Matemática ganhou um desenvolvimento teórico e científico com Pitágoras e deixa o campo concreto da Matemática do cotidiano para o abstrato e teórico.

No século V a.C. de Platão, a Matemática entra para o caminho das ideias, do abstrato. Platão vai desenvolver a geometria, a partir dos conhecimentos egípcios de medição de terrenos.

A Matemática abstrata, ideal, é tão importante que na entrada da Academia de Platão encontrava-se escrito: “Quem não é geômetra não entre!”.

A Matemática para Platão é conhecimento inato, pois “os que nasceram para o cálculo nasceram prontos, por assim dizer, para todas as ciências”.

E ainda: “os espíritos lentos, se forem instruídos e exercitados nele [o cálculo], ainda que não lhes sirva para mais nada, de qualquer maneira lucram todos em ganhar maior agudeza de espírito.”.

O preconceito vai se disseminar a partir dessas ideias platônicas: há os que nasceram prontos para o cálculo, os que são talentosos e os lentos de espírito.

Note, professora, que essa é uma ideia subjacente na cabeça de professores, principalmente da área de exatas a respeito da Matemática.

A ansiedade matemática parece começar ainda cedo, nos anos iniciais escolares e é reforçada pelos pais que também podem ser detentores da ansiedade ou compartilham o preconceito de a Matemática ser difícil e para poucos.

As pesquisas mostram que professoras com ansiedade matemática transmitem essa ansiedade, preferencialmente, para as meninas e parece ser uma das razões dessa ansiedade ser maior no sexo feminino (LENT et al., 2017).

Saiba Exatamente Como o Cérebro Funciona Com a Ansiedade Matemática e Como Afeta a Aprendizagem

A tecnologia avançada de imagens de ressonância magnética ajuda a analisar o cérebro em atividade em pessoas com ansiedade matemática.

As imagens, neuroimagens, mostram que as áreas cerebrais responsáveis por emoções negativas são ativadas nos momentos de ansiedade matemática e diminuem as atividades cerebrais das áreas responsáveis pela memória de trabalho.

A memória de trabalho é uma memória de curto prazo com duração de poucos minutos que auxiliam nas tarefas cotidianas.

Por exemplo, um número de telefone que pegamos para um telefonema fica guardado por pouquíssimo tempo na nossa memória: essa é a memória de trabalho.

Numa conta, o “vai um” também utiliza a memória de trabalho, por exemplo.

O que a ansiedade matemática faz é roubar recursos que seriam utilizados pela memória de trabalho para resolver um problema por meio de uma sobrecarga da memória de trabalho.

Dois caminhos são usados pela ansiedade matemática para sobrecarregar a cognição, isto é, os processos de aprendizagem, na aquisição de conhecimento.

     a) Provoca um gasto cognitivo que bloqueia a solução de problemas;

     b) Sobrecarrega a cognição com pensamentos intrusos que não conseguem ser inibidos.

As emoções são reguladas por um grupo de neurônios situados no córtex pré-frontal, chamado amígdalas cerebrais, e ajudam a processar as emoções.

A ansiedade matemática oriunda de medo, raiva e outras emoções leva à produção de cortisol, um hormônio, que, ao ser liberado, ativa as amígdalas cerebral, alterando o comportamento emocional.

Inibe o lado racional para a resolução de problemas que se situa no córtex pré-frontal, por isso não se consegue pensar racionalmente, atrapalhando, inclusive, a memória, essencial para efetuar as operações matemáticas, as contas.

Assim, professora, podemos ver que o aluno erra as contas não por burrice e nem por falta de talento para a Matemática: a Neurociência Cognitiva nos ajuda a compreender o processo.

Um Incrível Segredo: o Não-Saber Como Fonte de Erros das Contas dos Alunos do EFI nas Atividades Matemáticas

Para aprender, o cérebro necessita de atividades significativas, aponta a Neurociência Cognitiva.

O ser humano não aceita o não-saber.

Não-saber causa inquietação, desequilíbrio. Em termos piagetianos, é o desequilíbrio cognitivo.

Diante de uma conta e suas dificuldades, a criança pode se tornar presa da ansiedade matemática, desde a mais leve até a mais grave como a fobia.

Pela natureza humana, ela vai renegar o não-saber, entrar em desequilíbrio. Um desequilíbrio construtivo se ela for em busca da aprendizagem.

O aluno do Ensino Fundamental I, que está no período das operações concretas, não tem uma estrutura cognitiva formada para resolver as operações matemáticas de forma abstrata como ensina a escola.

Nesse período, das operações concretas, ele precisa de material concreto para poder construir suas abstrações, transformar seu desequilíbrio em desequilíbrio construtivo.

Nesse período, ele faz abstrações pseudoempíricas, e a maneira como a escola trabalha as contas, os algoritmos, é uma técnica, um passo a passo muito abstrato para a estrutura cognitiva do aluno nessa fase.

As contas, da maneira como são ensinadas, pertencem ao período das operações formais em que os alunos estão aptos a fazerem abstrações refletidas e conseguem facilmente o desequilíbrio construtivo.

O aluno do estágio das operações concretas possui defasagens naturais, que são corrigidas ao longo do desenvolvimento cognitivo, em razão da não maturidade biológica e cognitiva própria desse estágio.

Seu cérebro ainda não se desenvolveu o suficiente para que possa realizar as abstrações exigidas para efetuar as contas, nos mostra, professora, a Neurociência Cognitiva.

O cérebro humano começa a se desenvolver no embrião e só completará esse desenvolvimento por volta do final dos vinte anos.

O ato de conhecer, impulsionado pelo não-saber, é visto como agir sobre os objetos para modificar esses objetos. O conhecimento é então construído e isso é o que o pensamento piagetiano chama de equilibração.

No estágio das operações concretas, as contas são objetos abstratos e os alunos do Ensino Fundamental I não conseguem operar nesse nível, daí, portanto, a necessidade dos materiais concretos.

Duas Maneiras 100% Garantida de o Aluno do EFI Não Mais Errar as Contas nas Atividades Matemática

A primeira delas: usar material concreto, professora.

Para as operações aritméticas, Piaget já recomendava o ábaco para o estágio das operações concretas.

Outro excelente material, professora, para o ensino-aprendizagem das quatro operações matemáticas fundamentais é o material dourado.

A imagem exemplifica o processo: a dúvida de uma professora e a solução da outra professora.

Se você chegou até aqui, professora, é porque você age como uma pesquisadora, uma Cientista da Educação, fazendo jus ao seu título de Pedagoga: Pedagogia é a Ciência da Educação, portanto, Pedagoga é a Cientista da Educação.

Você está pesquisando atividades de matemática para aprimorar seu ensino e fazendo Pedagogiação, ou seja, uma ação pedagógica consciente e intencional.

Porém, essa Pedagogiação é incompleta, pois é inorgânica

Para a segunda maneira, faça uma Pedagogiação1.5: uma ação pedagógica consciente, intencional, porém, orgânica, cientificamente orientada.

Orgânica porque além de consciente e intencional é planejada com objetivos pedagógicos cientificamente orientados.

A Pedagogiação1.5 está ancorada por quatro orientações científicas:

     1. Semiótica: a linguagem matemática é simbólica. A Semiótica estuda os símbolos, os signos. Os números são símbolos e essa ciência auxilia a compreender a forma como os signos atuam matematicamente.

     2. Psicanálise: a Ansiedade Matemática atrapalha o ensino-aprendizagem. A Psicanálise pode ajudar a amenizar o problema, principalmente utilizando a Educação Narrativa que, por sua vez, se apoia na História da Matemática.

     3. Psicogenética: a compreensão, professora, de que o aluno do Ensino Fundamental I está no estágio das operações concretas e de que faz abstrações pseudoempíricas é uma descoberta da Psicogenética.

     Isso, professora, leva a entender a NECESSIDADE de usar Material Concreto para o ensino das quatro operações matemáticas fundamentais. 

     4. Neurociência Cognitiva: compreender que o aluno do Ensino Fundamental I ainda está imaturo biologicamente e por isso ainda não consegue fazer abstrações refletidas possibilita um melhor planejamento das ações pedagógicas.

Essas ciências dão suporte ao processo de ensino-aprendizagem e transformam sua Pedagogiação em uma Pedagogiação1.5, ou seja, uma ação pedagógica consciente, intencional, orgânica e cientificamente orientada.

A Pdaegogiação1.5 é uma ferramenta da Pedagogia1.5, um Método Inovador, Único, Revolucionário.

Impulsione Sua Ação Pedagógica Para Uma Ação Pedagógica Cientificamente Orientada em Suas Atividades Matemáticas

Para conseguir transformar sua ação pedagógica, você, professora, pode usar a a Pedagogiação1.5 principal ferramenta da Pedagogia1.5, que foi gerada em um Laboratório de Iniciação Científica para futuras Pedagogas e Pedagogos.

O LAPAPIEF – Laboratório de Pesquisa para Ação Pedagógica Interdisciplinar no Ensino Fundamental – por mais de 10 anos pesquisou com alunas e alunos de Pedagogia a melhor forma de ensinar os conceitos matemáticos.

Mais de 150 planos de aulas foram elaborados nesse Laboratório de Iniciação Científica e daí surge o Método Inovador, Revolucionário, Único, a Pedagogia1.5.

As pesquisas nesse Laboratório produziram esse Método que se sustenta em cinco pilares para o ensino-aprendizagem:

     1. Educação Narrativa: sendo a ansiedade matemática um dos grandes problemas para a aprendizagem matemática, a Educação Narrativa, apoiando-se na História da Matemática, auxilia a amenizar esse problema.

     2. Agrupamento: A História da Matemática nos ensina que a Matemática foi construída tendo por base o Agrupamento. Contar, calcular, são formas de agrupar e desagrupar.

     3. Valor Posicional: os indianos inventaram o zero, reuniram as principais características do Valor Posicional e elaboraram um sistema de numeração decimal. No número 55, o algarismo 5 tem um valor conforme o lugar ou posição que ocupa: o primeiro 5, dezena, e o segundo, unidade.

     Os árabes, entendendo a sua eficácia e eficiência, difundiram esse sistema por toda a Europa. Com apenas 10 algarismos pode-se efetuar qualquer cálculo ou escrever qualquer número.

     4. Sistema de Numeração Decimal (SND): Agrupamento e Valor Posicional, a partir da base, dez estruturam o Sistema de Numeração Decimal. O seu desconhecimento, pelo aluno, é uma das causas dos erros nas contas.

     5. Material Concreto: a compreensão de que o aluno do Ensino Fundamental I está no estágio das operações concretas mostra a NECESSIDADE do uso de Material Concreto para a aprendizagem da Matemática.

Você, professora, pode turbinar seu ensino fazendo Pedagogiação1.5 e utilizar Materiais Concretos como o Ábaco, Material Dourado e Vídeos.

Para isso, experimente, professora, GRATUITAMENTE, quatro Vídeos-oficinas do Método Único, Revolucionário, Inovador no Minicurso Pedagogia1.5.

São quatro Vídeos-oficinas prontos para você, professora, usar em sala de aula com seus alunos para facilitar sua ação pedagógica de forma cientificamente orientada.

Referências

FERREIRA, Hercio da S. A neuroeducação e a teoria das situações didáticas: uma proposta de aproximação para atender à diversidade em sala de aula. 2020. 121f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemática) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: < http://repositorio.ufpa.br:/NeuroeducacaoTeoriaSituacoes_Tese.pdf >. Acesso em: 02 mar. 2023.

SILVEIRA, M. R. A. “Matemática é difícil”: um sentido pré-construído evidenciado na fala dos alunos. In: 25ª Reunião da ANPED; Caxambu, MG, 2002. Disponível em <http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/home.php?id=25>. Acesso em: 19 dez. 2012.

LENT, Roberto; BUCHWEITZ, Augusto, MOTA Mailce B (Org.). Ciência para Educação: Uma ponte entre dois mundos. Editora Atheneu: Rio de Janeiro, 2017.

SANTOS, Willian M. dos. Música: uma ferramenta interdisciplinar para o ensino de matemática. 2012. 123f. Monografia (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Paulista: Santos, 2012.