Ao contrário, a comunicação não verbal (a postura, os gestos, as expressões faciais, tons da voz) tem muito maior significação: captamos 70% da comunicação por esse meio, nos informa a Semiótica.
O que ocorre, portanto, quando a criança ouve a palavra problema? O contexto corporal e dialógico da palavra se expressa num tom de voz preocupado, negativo e o corpo reage de forma tensa ao significado da palavra.
A tensão corporal se expressa na postura, nos gestos, nas expressões faciais.
A criança, puro id, isto é, puro inconsciente, no pensamento freudiano, capta essa tensão inerente à palavra e cria todo um sentimento negativo em relação a ela.
Por isso, a Pedagogiação1.5 trabalha narrativamente, não com a palavra problema, mas Histórias Matemáticas.
A palavra história vem envolta por uma atmosfera de boas lembranças para a infância. Quem não gosta de ouvir histórias?
Não há, nunca existiu e jamais existirá um povo que não construiu, constrói e construirá histórias, seus mitos, suas lendas, sua indústria de entretenimento com seus filmes, novelas, seriados etc.
A aprendizagem dos problemas matemáticos são uma preocupação antiga.
Uma das maiores dificuldades encontradas pelo professor de curso primário é, sem dúvida, a de conduzir os alunos à resolução rápida e segura dos problemas aritméticos […] já afirmava Paiva e Souza na palestra O problema dos problemas.
Palavras com que iniciava sua fala, no século passado, em 1958.
A autora pondera que a escola, geralmente, usa uma linguagem descontextualizada dos problemas numéricos que trabalhamos no cotidiano.
Ela questiona: Quantas professoras terão levado para a sala de aula um jornal, uma revista, um livro, onde elementos numéricos aparecem entrosados em situações que merecem ser analisadas, trabalhadas, resolvidas. […]